e-book
Enciclopédia da Saúde Mental para Empresas
Como acompanhar e melhorar
a saúde mental dos colaboradores com ajuda da tecnologia
Negligenciar a saúde mental resulta em gastos de 80 bilhões de dólares em perda de produtividade dos trabalhadores ao ano no Brasil. Sua empresa pode estar sofrendo as consequências decorrentes das doenças mentais na dimensão humana e também financeira, principalmente se considerarmos que 76% a 85% das pessoas com transtornos mentais graves não recebem tratamento.
Além da perda em produtividade, refletida no absenteísmo e presenteísmo, as doenças mentais tendem a piorar outras condições de saúde e dificultar a gestão de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial e obesidade, que são algumas das grandes responsáveis pelos altos custos da saúde.
O que significa saúde mental?
Ter saúde mental é muito mais que não ter nenhuma doença emocional. A OMS define saúde mental como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.”
Isso significa que muitas pessoas podem não estar em bom estado de saúde mental, ainda que não apresentem nenhum sintoma visível ou diagnóstico de doença mental.
Existem diferentes formas de avaliar a composição da saúde mental de uma pessoa. Fatores que, em conjunto, tornam possível alcançar o estado de bem-estar descrito pela OMS.
Uma metodologia bastante utilizada hoje pelos psicólogos é a Roda da Vida. Consiste em uma forma visual de avaliar os diferentes aspectos da vida de uma pessoa, que necessitam estar equilibrados para o bom funcionamento e proteção da saúde mental.
Conheça a roda da vida:
Este pilar está diretamente ligado à saúde física e à disposição do indivíduo para sua rotina diária. Saúde física e a saúde mental caminham lado a lado.
Prover saúde física para as pessoas vai muito além de oferecer um bom plano de saúde aos colaboradores. A cada dia, fica mais evidente que a melhor forma de manter a saúde física é a prevenção de doenças.
Por isso, é necessário promover uma cultura de prevenção dentro das empresas.
O ser humano necessita sentir-se em evolução. É por meio de novos aprendizados que são desenvolvidas habilidades, que nos levam ao alcance de metas. Além disso quanto mais desenvolvemos inteligência, tendemos a compreender melhor o mundo, fazer melhores escolhas e gerar mais benefícios para nossas vidas.
Quando não temos novos aprendizados e desafios, nos sentimos estacionados, principalmente no âmbito profissional. Para incentivar o desenvolvimento intelectual do time, as empresas podem oferecer diversos benefícios, como financiar cursos, criar programas de capacitação interna e oferecer vale-cultura.
Essas são algumas formas de provocar o sentimento de valorização nos profissionais. De acordo com o LinkedIn Learning Report de 2019, 94% dos trabalhadores ficariam mais tempo nas empresas se elas simplesmente investissem em ajudá-los a aprender.
Lidar com diferentes acontecimentos sem que eles desestabilizem demais as emoções é importante para manter a saúde mental em dia. Essa é a habilidade chamada hoje de inteligência emocional.
O desequilíbrio das emoções, quando já não for um sintoma patológico instalado, pode influenciar a curto, médio ou longo prazo no desenvolvimento de algumas doenças mentais, como depressão, ansiedade e transtorno bipolar.
Hoje, está em voga na psicologia o conceito de resiliência, que representa a habilidade de ser flexível e retomar seu estado original após sofrer alguma situação adversa. Essa é uma habilidade comportamental e pode ser exercitada por qualquer pessoa.
As empresas, além de oferecer soluções de acompanhamento psicológico presencial ou remoto para apoiar no equilíbrio emocional dos colaboradores, podem promover treinamentos e workshops sobre resiliência, meditação, inteligência emocional e outras práticas que fortalecem o bem estar mental e o controle das emoções.
Carreira e Trabalho
Um dos maiores determinantes do bem-estar de uma pessoa é sua carreira. Se uma empresa deseja atrair e reter talentos, reduzindo ao máximo o turnover, ela deve buscar saber o quanto seus colaboradores estão satisfeitos e trabalhar para manter esses níveis altos.
De acordo com publicação do Ministério da Saúde, eventos da vida profissional podem desencadear transtornos mentais. Um ambiente de trabalho onde não haja transparência, comunicação espontânea, abertura para manifestar insatisfações ou sugestões gera tensão nas pessoas, o que prejudica a saúde mental, culminando no adoecimento, nos conflitos ou no absenteísmo.
Segundo o material, os transtornos mentais menores acometem cerca de 30% dos trabalhadores ocupados, e os transtornos mentais graves, cerca de 5 a 10%.
Finanças
Segundo a Agência Brasil, 66,3% dos consumidores brasileiros estão endividados. Um número muito superior à metade da população nacional. Logo, a maior parte das empresas do país provavelmente conta com pessoas endividadas em seus quadros de funcionários.
É difícil para a maioria das pessoas manterem-se emocionalmente equilibradas quando estão em dificuldades financeiras, com medo de perderem seus empregos ou quando alguém da família está passando por esse tipo de problema.
Uma pesquisa do SPC Brasil apontou ainda que, entre os devedores:
- 66% dos sentem-se deprimidos
- 17% recorrem a algum vício para lidar com a ansiedade
- 44% sentem vergonha por estarem devendo
- 40% têm dificuldade para dormir
- 16% não se concentram no trabalho
Infelizmente, no Brasil, a educação financeira não faz parte da cultura geral, nem nas escolas e nem nas famílias. As empresas, além de serem a fonte de renda dos trabalhadores, podem auxiliar no processo de educação financeira que os ajudará a sair de situações difíceis e não contrair mais dívidas desnecessárias. Uma forma de oferecer esse apoio é por meio de cursos e consultorias financeiras para suas equipes.
Contribuição Social
Um aspecto importante que contribui para o bem-estar é sentir que aquilo que se faz impacta positivamente o ambiente, as pessoas ou a sociedade de maneira geral. Sob a ótica profissional, é importante que as pessoas sintam que seu trabalho faz alguma diferença no mundo. Este é um aspecto que também pode estar ligado ao propósito de vida.
Uma forma interessante de despertar o sentimento de contribuição social é o voluntariado. Pessoas que realizam algum trabalho voluntário, com recorte para aquelas a partir de 40 anos de idade, apresentam níveis mais altos de saúde mental. A teoria é que esse estado de bem-estar ocorra pelo contato social e pelo senso de propósito gerados pelo voluntariado.
Muitas empresas no Brasil possuem iniciativas que incentivam e possibilitam que seus colaboradores realizem trabalho voluntário presencial ou remoto em diversos projetos. Além de promover engajamento e desenvolvimento de habilidades nos profissionais, esses programas causam um impacto muito positivo para comunidade e para a reputação da empresa.
Amizades e Família | Afetividade e Amor | Vida Social
Esses três pilares do bem-estar mental estão diretamente interconectados.
O ser humano é naturalmente um ser gregário. De acordo com a Pirâmide de Maslow, um famoso modelo que hierarquiza as necessidades humanas, as conexões sociais, nas quais incluem-se relações familiares, amizades e relacionamentos afetivos representam a terceira necessidade mais importante da vida humana.
No entanto, na atualidade é comum que as rotinas profissionais se sobreponham à convivência com as pessoas, fazendo com que laços afetivos sejam negligenciados.
Obviamente, quando se trata de relações pessoais e sociais, a atuação das empresas sobre a vida do colaborar é limitada. Mas há formas de proporcionar que o profissional consiga equilibrar melhor seu tempo dedicado às pessoas que são importantes em sua vida.
Hobbies e Diversão
A vida não pode se resumir apenas ao trabalho e demais obrigações do dia a dia. Ter momentos de relaxamento, lazer e atividades mentais ou físicas prazerosas faz toda a diferença para o bem-estar mental das pessoas. Manter o pensamento conectado constantemente nas tarefas alimenta um ciclo de estresse e ansiedade. Então, as horas de descontração permitem o descanso da mente, estimulam a criatividade e fazem os problemas serem temporariamente esquecidos.
Segundo uma pesquisa da Universidade de São Francisco, EUA, dedicar parte do tempo para atividades prazerosas ajuda a aumentar a produtividade no trabalho. A pesquisa revelou ainda que pessoas que têm hobbies são melhores para resolver problemas e mais dispostas a ajudar os colegas.
Os colaboradores da sua empresa têm se permitido relaxar e dedicar tempo para fazerem o que gostam? É importante que esse equilíbrio seja incentivado dentro das empresas para que haja menores níveis de estresse e mais satisfação com a rotina.
Realização e Felicidade
Falar de felicidade é algo subjetivo. É possível encontrar variadas definições e cada um pode, à sua maneira, ter uma ideia diferente do que significa ser feliz.
Embora seja possível encontrar inúmeras teses sobre o assunto, a fórmula para ser feliz não vem pronta. É um processo pessoal em que existem caminhos e cada um deverá encontrar o seu. A felicidade pode representar um conjunto de sensações particulares, mas é possível perceber pontos em comum entre as pessoas que se declaram felizes.
Falar de felicidade no ambiente de trabalho é olhar para a dimensão humana dos profissionais. Segundo estudos, pessoas felizes possuem um nível geral de saúde melhor e são mais produtivas.
Espiritualidade
Embora não haja uma definição precisa do que significa espiritualidade, o conceito não está necessariamente ligado à ideia de religião, mas sim à busca por si mesmo e por algum sentido para a vida que esteja além da realidade material. Essa busca pode ocorrer por meio de uma religião ou não.
Já se sabe que a espiritualidade está associada à prevenção e melhora de transtornos mentais, inclusive, é um dos aspectos considerados pela Organização Mundial de Saúde como componente da qualidade de vida.
Para as empresas, é importante proporcionar um ambiente de trabalho aberto e respeitoso, onde as pessoas sejam livres para buscarem sua espiritualidade (ou sua escolha por não cultivarem a espiritualidade. Nos últimos anos, com a pauta da diversidade em alta no ambiente corporativo, essa é uma questão muito frequente entre os gestores, principalmente no Brasil que possui uma diversidade religiosa tão grande.
Dashboard da saúde mental: A revolução no cuidado que a sua empresa precisa
Hoje existem recursos fundamentais para mapear e gerir as questões de saúde mental entre os colaboradores de uma companhia.
Nesse processo, a integração dos dados é essencial para fazer a gestão analítica do estado emocional dos indivíduos, com a identificação de fatores de risco e perfil populacional.
Visualize o estado dos beneficiários com o Dashboard de Saúde Mental
A tecnologia nos permitiu criar o Dashboard de Saúde Mental, que possibilita ao gestor ter uma visão global do estado emocional dos funcionários. Trata-se de um painel com indicadores, que apresenta a visão clara, progressiva ou regressiva de colaboradores/pacientes que devemos acompanhar o nível de saúde mental.
Os indicadores do dashboard proporcionam uma visão consolidada das informações de forma precisa e trazem análises preditivas de riscos, permitindo uma tomada de decisão mais rápida a partir de premissas trabalhadas previamente com o cliente.
É possível identificar pontos de atenção, para que ações possam ser implementadas precocemente, minimizando o agravamento dos quadros e reduzindo riscos financeiros para a empresa.
Como funciona o Dashboard
A solução integra dados de consultas, internações, compras de medicamentos (BPM), afastamentos, atestados, dados de RH e outros. Ao cruzar esses dados, a ferramenta apresenta o risco para problemas mentais dos beneficiários, classificando-os em 3 níveis: baixo risco, médio risco e alto risco.
O dashboard possui duas visualizações distintas, respeitando a LGPD e o sigilo médico:
Painel do RH
Oferece para os gestores a visão volumétrica nos diferentes níveis de risco, indicadores gerais por região, faixa etária, gênero, quantidade de consultas de psicologia e psiquiatria, internações psiquiátricas, consumo de medicamentos, afastamentos e outras informações estratégicas.
Painel Médico
Além da visão geral, permite a identificação dos beneficiários, para que sejam tomadas medidas de intervenção médica em casos mais graves, além do direcionamento para programas de saúde mental.
O que fazer com as informações visualizadas?
A leitura dos dados permite cuidar melhor da saúde mental dos colaboradores, a partir de um direcionamento estratégico para tomada de decisão na indicação de programas ou implementação de ações.
Baixe o e-book e descubra o que mais sua empresa pode fazer ao integrar esses dados.
Resultados da ferramenta e de ações de saúde mental
1
Redução de absenteísmo
2
Menos presenteísmo
3
Diminuição do turnover
4
Colaboradores mais saudáveis, mais felizes e acompanhados
5
Ganho de produtividade
6
Melhor controle e visualização das despesas
7
Predição de riscos
8
Otimização de recursos financeiros
Quero fazer uma nova gestão de saúde mental na minha empresa